Nestes dias tenho falado com algumas pessoas sobre o LHC, a experiência do CERN que tem ocupado as notícias, e nem sempre por motivos razoáveis ou... hum... equilibrados. É compreensível que alguém sem um conhecimento básico do que está envolvido se questione até que ponto é aceitável costruir uma experiência com um custo acumulado superior ao PIB de alguns paises (pequeninos, diga-se...). Não é melhor gastar esse dinheiro noutro tipo de investigação mais (passo a citar) "prática"?
Ainda nesta semana respondi a alguém que esta busca pela compreensão da estrutura básica do Universo, que já dura há 100 anos, tem tido efeitos secundários imprevisiveis. Deu-nos coisas (hoje em dia) tão básicas como este computador em que escrevo este post, ou a rede mundial que chamamos internet. Deu-nos equipamentos de diagnóstico médico como a RMN e a TAC e equipamentos de tratamento contra doenças ainda tão ubíquas como o cancro. Não exagero. Foi a mesmíssima investigação que deu um novo passo esta semana pelo LHC que deu tudo isto e continua a dar. Tecnologia recém desenvolvida já está a ser posta em prática.
Tenho mais a dizer sobre isto, mas vou deixar que o professor Brian Cox, físico também no CERN, fale.
O Brian Cox tem razão. E pôs o presidente da British Association for the Advancement of Science no seu lugar, ao menosprezar a validade desta iniciativa. A verdade é que não sabemos os benefícios paralelos da investigação antes de a fazermos. Não somos espertos o suficiente para isso.
via Bad Astronomer
1 comment:
Olá Paulo, obrigado pelo comment que escreveste no blog. Não sabia que também andavas pela blogosfera :p É mais um blog para eu ir acompanhando ;) 1 abraço
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