Friday, December 08, 2006

guitarra

Há momentos em que sou eu e a guitarra, e só eu e ela entendemos...
Momentos em que os meus dedos a percorrem, deslizam, pulsam... param...!

...e retomam esta dança a dois...

As cordas não soam ao meu pedido, antes respondem ao que eu lhes pergunto. Por vezes o que quero ouvir, às vezes o que não quero... mas ela entende-me...

E pulsam, ressoam, emaranham-se com o ar, de pressão mutável e oscilante...
Emaranham-se comigo, em ressonância com a harmonia de ciclos, as melodias que constituem o meu corpo, a minha mente... a minha alma.

São momentos em que posso exprimir o que está dentro, a implodir, já quase no raio de Swarzschild, louvar o grande Compositor que me fez esta ode de ressonâncias.

Uma ode às pessoas que me fazem vibrar,
aos que não existem...
uma ode ao que me faz sorrir...
uma ode ao que me faz chorar...
uma ode ao que me muda...

e me torna o que sou.

Momentos em que a mente percebe e as epifanias ocorrem...

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